Em balanço de seus dois anos de governo, o
presidente Michel Temer (MDB)
afirmou nesta terça-feira que seu governo foi capaz de “tirar o Brasil do
vermelho e o colocar no rumo certo”, mas ignorou as denúncias de corrupção que
o envolveram diretamente assim como a integrantes da sua gestão. Em discurso de cerca de uma hora, Temer falou dos feitos
de sua gestão na área econômica, como a queda da inflação, e a na área social,
como o aumento do valor do benefício do Bolsa Família e do número de
beneficiários do Minha Casa, Minha Vida. O chefe do Executivo fez um afago ao
ex-ministro da Fazenda Henrique
Meirelles, pré-candidato a presidente pelo MDB e presente ao
encontro. Disse que ele ajudou a “transformar” o país.
Em outro momento de seu discurso, o emedebista citou
reformas feitas por seu governo neste período, como a trabalhista. Para o
presidente, o desemprego vem dando “claros sinais de recuperação”, citando
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do
Trabalho, que aponta saldo positivo de mais de 200 mil novas vagas criadas
desde o início do ano. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação está em 13,1% no país. O presidente
citou a Lei das Estatais como outra reforma, que definiu requisitos rígidos de
governança para as empresas públicas. Temer citou o lucro dos bancos públicos,
como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. “As cinco
maiores empresas federais deixaram um prejuízo de R$ 32 bilhões em 2015 para
terem lucro de R$ 28 bilhões em 2017″, enfatizou.
Por fim, Temer recomendou a união dos diferentes pontos
de vista políticos para o ”bem comum”. Ele disse, ainda, que sempre
trabalhou pela pacificação das várias correntes políticas que existem no
País, e pediu que oposição e situação se entendam após as eleições. Entretanto, o presidente não fez qualquer menção às
denúncias criminais feitas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot a
partir das delações de executivos da J&F, holding que controla a JBS, que
tiraram a maior parte do seu capital político e ameaçaram sua permanência no
cargo.
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