A Petrobras anunciou que passará a reajustar o valor do
gás de cozinha a cada três meses, em vez de todo mês, alterando a política de
preços que vigorou entre junho e dezembro do ano passado. De acordo com a Petrobras, a mudança visa “suavizar os
repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o
preço doméstico”. Pedro Parente, presidente da companhia, disse que a decisão é “puramente
empresarial”.
Segundo a política em vigor até então, a estatal
reajustava os valores levava de acordo com as cotações do butano e do propano
(gases usados para fazer o gás de cozinha) no leste europeu, além de uma margem
de lucro para a estatal. Isso provocou uma explosão no preço do produto, que
subiu, no ano passado, 67,8% nas refinarias para envase em botijões de 13
quilos, usado em residências. O gás para botijões chegou a ficar congelado por
13 anos, como estratégia dos governos petistas para segurar a inflação.
Para o consumidor final, o gás ficou 16% mais caro em
2017, segundo o IBGE, e foi um dos vilões do orçamento dos brasileiros no ano
passado. Quem mais sentiu o impacto foram os moradores de Recife, onde o
aumento foi de 33,52%, enquanto em Curitiba a variação foi de 5,28%. Aumento maior do que esse, só em 2002 (34%, segundo dados
da Agência Nacional do Petróleo). Naquele ano, assim com em 2017, a Petrobras
inaugurou uma política de acompanhamento mais próximo das cotações
internacionais dos combustíveis.
NOVO PREÇO
A partir desta sexta (19), o preço do GLP será reduzido
em 5% nas refinarias, com base em novos critérios definidos pela Petrobras. A
estatal estima que o preço médio de GLP residencial sem tributos comercializado
nas refinarias será equivalente a R$ 23,16 por botijão.
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