A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
entrou hoje (25) com um agravo para que o Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF4) reconsidere a decisão que rejeitou
o recurso extraordinário, destinado ao Supremo Tribunal Federal (STF),
contra a condenação do petista a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex
do Guarujá. O recurso foi rejeitado pela vice-presidente do TRF4,
Maria de Fátima Freitas Laberrère, na última sexta-feira (22). A magistrada
considerou que os argumentos da defesa, de que houve violação a princípios
constitucionais no julgamento do tríplex, não merece prosperar. Um dos principais argumentos da desembargadora foi o de
que seria necessário o reexame de provas para verificar as irregularidades
alegadas pela defesa, e isso não seria permitido pela jurisprudência do próprio
Supremo.

No agravo protocolado nesta segunda-feira, a defesa
rebateu a desembargadora. “Não se busca no recurso extraordinário o
revolvimento ao conjunto fático-probatório, mas apenas a adequada valoração dos
fatos e provas”, afirmou a equipe de oito advogados que representa Lula, entre
eles Sepúlveda Pertence, ex-presidente do STF, Cristiano Zanin Martins e José
Roberto Batochio. Para os advogados, não é necessário reexaminar provas
para que sejam observadas violações a princípios constitucionais como o da
imparcialidade do juiz e da presunção da inocência.
A defesa de Lula pretende que o TRF4 volte atrás e admita
o recurso para ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, o que poderia
suspender a execução da pena e determinar a soltura do ex-presidente, preso
desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O pedido de efeito suspensivo, quando o recurso
extraordinário suspende a execução de pena, estava marcado para ser julgado
amanhã (26) pela Segunda Turma do STF, mas o julgamento
foi cancelado após o TRF4 rejeitar o recurso extraordinário.
Apesar de ter rejeitado o recurso extraordinário ao STF,
o TRF4 aceitou o recurso especial, destinado ao Superior Tribunal de Justiça
(STJ), em um dos pontos destacados pela defesa, relativo à multa imposta ao
ex-presidente na condenação.
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