Estudantes de Mossoró, no Oeste potiguar, desenvolveram
uma embalagem biodegradável feita com folhas de cajueiro e foram convidadas
para apresentar o projeto em Londres, na Inglaterra. Diferente da embalagem de
isopor, que demora em média 400 anos para se decompor no meio ambiente, a de
cajueiro demora cerca de 30 dias.
Desenvolvido em 2016, o projeto chamado Embacaju surgiu
com o objetivo de aproveitar as folhas. "Minhas amigas e eu vimos que
existia uma casa de convivência para a pessoa idosa no nosso bairro e lá tinha
muito cajueiro. As folhas caíam e eram queimadas, jogadas no lixo",
explicou a estudante do terceiro ano do ensino médio Ekarinny Medeiros, que
desenvolveu o projeto com as colegas Evely Yara Oliveira Silva e Natália Alves
de Lima, orientadas pela professora Luisa Kiara.
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O projeto já rendeu vários prêmios. Em 2017, o trio
venceu a categoria Ciências Ambientais da 32ª Mostra Internacional de Ciência e
Tecnologia. "É muito gratificante ver a garra e empenho dessas
alunas", disse a professora orientadora do projeto.
Este ano, as jovens foram convidadas para apresentar o
projeto em um evento que vai acontecer em Londres, na Inglaterra. "Saber
que um projeto feito em uma escola pública pode representar o país é uma
alegria imensa", disse Ekarinny. O único problema é o custeio da viagem.
"Consegui falar com o governador do estado e ele falou que daria certo o
custeio. Estamos aguardando porque precisamos pagar tudo até o dia 29 de
junho", relatou.
A Secretaria Estadual de Educação informou que oferece
assistência financeira a estudantes através do projeto Ciência para Todos no
Semiárido Potiguar, porém as alunas não foram cadastradas. Por isso, o custeio
da viagem ainda está sendo analisado.
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