
“Houve uma reclamação por parte de alguns agentes políticos de que o caixa 2 é
um crime grave, mas não tem a mesma gravidade que corrupção, que crime
organizado e crimes violentos. Então nós acabamos optando por colocar a
criminalização [de caixa 2] num projeto a parte”, justificou.
Ao ser questionado se há diferença entre a prática de
caixa 2 e corrupção, Moro declarou que “caixa 2 não é corrupção”. “Existe crime
de corrupção e existe crime de caixa 2. São dois crimes. Os dois crimes são
graves”, continuou o ministro.
Moro declarou que os projetos de lei para combater o
crime organizado, o crime violento e a corrupção não apenas aumentam penas para
esses crimes, mas também cria mecanismos para aprimorar a investigação. “São problemas que nós entendemos relacionados. Não
adiante enfrentar um sem nós enfrentarmos os demais”, declarou o ministro.
No início de fevereiro, o ministro apresentou os
principais pontos do pacote a governadores e mostrou que incluiu a prisão após
a segunda instância e a criminalização do caixa dois entre as medidas. As propostas precisam passar por comissões do Congresso e
serem aprovadas pelo plenário das duas Casas, por maioria simples, antes de
irem para sanção do presidente Jair Bolsonaro Em entrevista à imprensa nesta terça, Moro não quis
comentar a demissão de Gustavo Bebianno do cargo de ministro da Secretaria-Geral
da Presidência.
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