Em depoimento, o motorista disse que recebia R$ 1.000 em
espécie e outros R$ 3.000 em sua conta. Ele chegava 6h30 à casa da deputada no
bairro do Flamengo, zona sul do Rio, para levar os filhos da parlamentar à
escola e passava o dia a disposição, indo embora por volta das 22h. Ele,
inclusive, levava os empregados da casa para fazerem compras e pagava algumas
contas de Cristiane. Na decisão, a defesa de Cristiane alega que motorista
prestava apenas serviços eventuais "de motorista para os seus filhos, uma
vez que tinha confiança no trabalho dele, quando o conheceu na época em que
estava vinculada à Câmara dos Vereadores e à Prefeitura do Município do Rio de
Janeiro".
Em 2017 outro motorista entrou com um processo contra a
deputada na Justiça do Trabalho. Este caso, no entanto, terminou em acordo
depois que a deputada se comprometeu a pagar R$ 14 mil a Leonardo Almeida
Moreira, além de assinar sua carteira de trabalho. A escolha de Cristiane foi anunciada após o presidente
Michel Temer (PMDB) se reunir com o presidente do PTB, Roberto Jefferson, pai
da deputada, no Palácio do Jaburu, nesta quarta (3). O nome da deputada foi indicado pelo partido após o
Planalto desistir de nomear Pedro Fernandes (PTB-MA) para o cargo.
O veto a Fernandes teria sido provocado pela proximidade
dele com o governo Flávio Dino (PCdoB) no Maranhão, rival no Estado
do grupo do ex-presidente José Sarney (PMDB). O ex-presidente negou ter vetado
a indicação de Fernandes. O Ministério do Trabalho está sem titular desde que o
ex-ministro Ronaldo Nogueira (PTB-RS), também deputado federal, pediu demissão do
cargo, no último dia 27. Procurada pelo UOL, a deputada ainda não se
manifestou. Cristiane Brasil (PTB-RJ) tomará posse no cargo na
próxima terça (9). Segundo convite distribuído pela pasta, o evento está
marcado para 15 horas no Salão Leste do Palácio do Planalto.
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