O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou
nesta sexta-feira (5) que os deputados não vão mais debater mudanças na chamada
"regra de ouro" —medida que limita a capacidade da União de inchar
despesas públicas emitindo dívidas em volume superior a investimentos. A fala de Maia foi uma resposta imediata à declaração do
ministro Henrique Meirelles (Fazenda), que disse na noite desta sexta (3) ser
contra "a suspensão pura e simples" da regra de ouro.
Maia disse a aliados que queria propor uma discussão
sobre a estrutura de gastos do governo, o que levaria mais tempo, e poderia ser
implementada a partir do ano que vem. Ainda segundo auxiliares do presidente da
Câmara, foi a equipe econômica quem pediu que o debate fosse restrito à regra
de ouro. O discurso do
ministro da Fazenda colide com uma PEC (proposta de emenda à
constituição) para suspender temporariamente essas rédeas nos gastos públicos.
A medida foi discutida pelo próprio Meirelles e Maia nesta quinta-feira (4),
mas integrantes do governo avaliaram que sua repercussão foi negativa.
De autoria do deputado Pedro Paulo (MDB-RJ), que também
participou da reunião na quinta, a PEC foi vista como manobra para evitar que
Michel Temer e o presidente eleito em 2018 sejam acusados de crime de
responsabilidade fiscal. Nesta sexta, Meirelles disse que não gosta nem aprova a
sugestão parlamentar de paralisar por alguns anos a norma constitucional. Maia disse a aliados que queria propor uma discussão
sobre a estrutura de gastos do governo, o que levaria mais tempo, e poderia ser
implementada a partir do ano que vem. Ainda segundo auxiliares do presidente da
Câmara, foi a equipe econômica quem pediu que o debate fosse restrito à regra
de ouro.
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